"Militante ou Militonto?" uma visão maniqueísta de Breno Altman

Após ler o post de um jornalista que respeito muito, o Breno 

Altman intitulado "Militante ou militonto?" fiz o seguinte

comentário que compartilho aqui.




Uma visão maniqueísta de uma realidade complexa! Um governo de centro-esquerda que 


perde a eleição parlamentar (primeiro turno) e através da militância e dos assistidos pelos 

programas sociais consegue se recuperar e vencer o segundo turno não terá vida fácil. 

Vamos ter mais do que nunca que combinar a luta institucional com a luta direta nas ruas, sob

pena do PT se transformar em uma partido da Acção, de Mazzini e Garibaldi (partido italiano 

que atuou na unificação da Itália) que, segundo Gramsci, teve um papel de elemento 

progressista, mas não de força dirigente, porque foi liderado pelos moderados, tanto que os

cavourianos conseguiram encabeçar a revolução burguesa, absorvendo tanto os radicais

como os adversários destes. Isto ocorreu porque os moderados cavourianos mantiveram uma

relação orgânica assim com seus intelectuais, como com seus políticos, proprietários rurais e

dirigentes industriais. As massas populares tiveram papel de espectadores no acordo entre

os capitalistas do norte e os latifundiários do sul. Para conquistar a hegemonia no lugar dos

moderados, liderados por Cavour, o Partido da Acção deveria ter-se "ligado às massas

rurais, especialmente as do sul, ser jacobino [.] especialmente no conteúdo econômico-social.

A união das várias classes rurais em um bloco reacionário, através de diversos núcleos 

intelectuais legitimistas-clericais, poderia ser dissolvida pelo advento de uma nova formação 

liberal-nacional, somente se se fizessem esforços voltados para duas frentes: para base

camponesa, aceitando suas reivindicações, e, segundo, para os intelectuais dos 

estratos meios e inferiores." (Cadernos do Cárcere)


Será que tem alguém apostando que Kátia Abreu será o Cavour da Revolução Burguesa


capitaneada pelo PT?

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