Mãos invisíveis investimentos palpáveis

Um dos aspectos que mais têm merecido a atenção de intelectuais e lideranças políticas brasileiros em relação ao moderno Estado brasileiro – ao longo das últimas décadas – é o seu papel no fomento do desenvolvimento econômico. Desde a política de industrialização intimamente ligada às ações de estado no governo Vargas até os dias de hoje, muitas foram as receitas que surgiram. Algumas delas foram elaboradas por mentes genais de brasileiros que se dedicaram a compreender e melhorar o Brasil. Outras vieram prontas, impostas em pacotes e acordos obscuros, servindo a interesses alheios aos de nossa nação.

Durante toda a década de 90 vivemos a panacéia do neoliberalismo que ditava o desmonte do Estado e sua ausência na economia. Seguimos o receituário e tivemos uma década ainda mais perdida que a década perdida. Hoje, com programas sociais de largo alcance, com investimentos maciços em infraestrutura e com políticas de fomento econômico desenvolvidos pelo Estado, vivemos um de nossos melhores momentos econômicos da história. Por quê?

O maniqueísmo tradicional entre o extremo liberalismo econômico e o intervencionismo de estado turva a visão de muitos pensadores. O caminho para o desenvolvimento sustentável requer a presença do estado, pois é ele quem possui as condições históricas de executar as ações de longo prazo. Mas também requer um mercado dinâmico e competitivo. Contudo, mesmo isso ainda não é consenso.

As principais idéias e correntes e alguns caminhos que se apresentam para o desenvolvimento econômico do Brasil serão alvo de uma série de postagens que publicarei aqui durante o mês de março, intercaladas com outras relativas aos temas gerais que têm nos embalado neste espaço virtual. Participe, deixando sua opinião, indicando leituras e fazendo sugestões.

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