Os ventos do norte – uma análise das prévias nos EUA

Desta até a próxima segunda, estarei postando textos de uma série especial sobre as eleições norte-americanas. Muita relevância tem pra nós – latino-americanos – os desdobramentos das prévias à presidência americana, tanto entre os democratas quanto entre os republicanos. Um diagnóstico de nossa época pode ser realizado a partir do entendimento deste episódio. Um diagnóstico de nossa época e das mudanças que nela se engendram.

Após a chamada super-terça – e com os resultados mais recentes de prévias de menor impacto – consolida-se a polarização Clinton/Obama, no Partido Democrata, e firma-se a maioria de McCain, dentre os republicanos. É quase certo que a disputa presidencial se dê entre estes postulantes.

Com a acentuada maioria de McCain, a tensão das prévias tem se concentrado na disputa pela indicação democrata. Hillary e Obama disputam voto a voto, tendo o clima da disputa esquentado depois das prévias do Potomac. (Aliás, vemos este espaço se encher de termos como prévias de Potomac, super-terça etc, ao longo dos artigos subseqüentes darei maiores referências sobre o “peculiar sistema americano’, sempre que possível.)

O fato que se destaca – desde já – na análise que faremos das prévias norte-americanas é o isolamento dos ultraconservadores. Os três postulantes com chances reais de indicação, são todos – cada qual de sua forma – liberais, para os padrões do governo Bush; são contrários à política externa em vigor, sobretudo na abordagem à Guerra do Iraque e possuem críticas à política econômica norte-americana. Contudo, há sensíveis diferenças entre eles, sobretudo em relação à economia, perpassando pelo tema dos subsídios agrícolas que nos interessa diretamente. Amanhã, inicio a série com um perfil de John McCain, o mais que provável candidato dos republicanos.

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