Jornalismo, profissão perigo

A revista Imprensa, que está nas bancas, vem com matéria de capa – cujo título uso neste post – abordando a situação de risco enfrentada pelos profissionais da comunicação. Segundo dados da revista, de 1982 a 2007 foram 42 jornalistas assassinados em decorrência do exercício de suas funções.

Dentre os 42 casos de assassinatos, 25 deles tiveram como mandantes políticos envolvidos com crime organizado e corrupção; 5, policiais ligados a grupos de extermínio; 4, traficantes... A matéria ainda aponta de a grande maioria das vítimas exercem a profissão em cidades distantes dos grandes centros urbanos, localidades onde o coronelismo remanescente e o poder do oligarcas locais tornam a democracia fraca e ameaçada.

No ranking da Repórteres sem Fronteira, o Brasil se encontra apenas na 84ª posição no quesito liberdade de imprensa. Além do risco enfrentado pelos profissionais no bom uso de suas funções, conta como fator determinante para esse mau desempenho a enorme concentração dos meios de comunicação no Brasil. Uma democracia não pode existir sem liberdade de imprensa. E essa não existe sem segurança aos profissionais, para que desempenhem com liberdade sua função investigativa e sem medo, e ainda sem que todos os segmentos sociais tenham seus canais de expressão. Democratizar a imprensa: uma necessidade urgente

Nenhum comentário :