Aos vencedores, muito trabalho!

Aos perdedores, também.

Encerradas as apurações do PED PT (vide ata da comissão eleitoral, aqui), lembrei-me que em 11/10/2007, no início do processo de eleições diretas, postei um artigo intitulado TOPO O DEBATE, onde afirmo:

É tempo de eleições internas no PT!
Disputa interna de um partido de um milhão de filiados, que envolve votos de centenas de milhares e com o presidente da república entre os eleitores, nunca é interna. Então será uma disputa interna com intensas repercussões na sociedade.
Daí a luta contínua pela unidade partidária.
Rechacemos o debate rasteiro que tenta nivelar por baixo fazendo coro aos que nos atacam como “ mensaleiros”, “caixa-dois”, “hegemonistas”, busquemos densidade para construir um discurso mais consistente do que aquele que diz o “vocês também fazem” ou o “que disso usa, disso cuida”.
Em primeiro lugar é preciso identificar que este debate chega a nosso interior como eco da hipocrisia tucano-pefelista presente na disputa política nacional. Vem com as denúncias por eles apresentadas, amplamente repercutidas na mídia e que, ao chegar à sociedade organizada, exige uma resposta convincente dos petistas.
A postura de muitas figuras públicas e dirigentes nestas ocasiões tem sido a facilidade de dizer o senso comum construído e dirigido pela opinião publicada e decantada nos meios de comunicação tradicionais. Isto nos custa caro e prepara a derrota do partido. Defender LULA, nosso governo e nosso partido diante dos ataques são deveres de todos neste processo. Evitar que saiamos mais fracos e desunidos é mais que uma responsabilidade histórica, é uma obrigação de vida de cada militante petista.
E é exatamente por isso que topei o desafio de ser novamente presidente do PT-RN!
Nas eleições municipais de 2008 quero estar nas plenárias, cidades e pólos, preparando o partido para estar mais forte em 2010, inserido nos movimentos sociais, mas com o diálogo com os amplos setores da sociedade.
Estou me preparando para encabeçar uma direção que não tenha repulsa ao mercado, que entenda o papel de organizar o estado e a sociedade civil para que possamos com esse tripé edificar a democracia e melhorar a vida de milhões de potiguares. Uma direção que não esteja ao sabor de projetos personalistas e que saiba se postar diante dos aliados, sem sectarismos nem submissão.
O PT-RN do qual quero ser presidente é um partido maduro, que tem uma reserva intelectual e se aproxima da universidade sem escolasticismo, mas sem prescindir da contribuição organizada dos intelectuais. Um partido que dialoga com os movimentos sociais sem querer que eles sejam uma mera correia de transmissão, mas também se submeter a suas reivindicações, mesmo que sejam inexeqüíveis.
O PT-RN que espero construirmos em 2008 e 2009 é um partido que entende a modernização do estado como algo para além de cargos e salários, que dialoga com os empresários e vê o papel social do mercado. Que vê na solidariedade um valor fundamental e no desenvolvimento sustentável uma premissa para buscarmos uma sociedade mais justa e igualitária.

Puxa vida, quem terá me dado tanto clarividência?

Quem quer manchar nosso processo eleitoral se dignou a isso?

Espero sinceramente, que o encerramento do processo de eleições diretas seja para o PT-RN o início de um tempo de construção coletiva e que a dor da derrota individual e o amargor da não aceitação do resultado transformem-se em espinhos que protejam a rosa do partido.

FELIZ NATAL, FELIZ 2008.

AXÉ PT!!!

Um comentário :

Anônimo disse...

intiresno muito, obrigado