Entrevistado: Professor Molion - lcmolion@gmail.com
Entrevistador: Eng. Fendel - www.fendel.com.br
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Fendel: É para mim uma grande honra poder entrevistar o brasileiro
que está desmontando a falácia do aquecimento global, de uma maneira simples,
objetiva e contundente. Gostaria de saber como meu Professor convive num
ambiente dito científico, catedrático, se exatamente deste meio surgiu o grande
engôdo, e o IPCC se diz respaldado pelos cientistas que fraudam dados, métodos
e resultados.
Molion: Sou criticado
pelos “cientistas” que fazem parte da fraude do Aquecimento Global
Antropogênico (AGA) e alguns deles ocupam lugar de destaque no atual governo.
Por outro lado, tenho apoio, muitas vezes não ostensivo, de boa parte da
comunidade científica envolvida com estudos climáticos, que inclui geógrafos e
engenheiros ambientais. Ao submeter projetos e artigos, também sofro
retaliações, particularmente se esses caem nas mãos dos que defendem o AGA. Com
relação ao respaldo que o IPCC teve dos 2.500 cientistas (?), uma análise
revelou que apenas 5 (cinco) desses eram da área de clima. Os outros, de outras
áreas, incluindo advogados, médicos e economistas. Alguns conhecidos meus
desistiram de rever o texto, porque as sugestões e críticas feitas não foram
aceitas pelos organizadores do Relatório. Portanto, o caráter científico do 4º
Relatório do IPCC (2007) é deveras questionável. A manipulação de dados, feita
pelas duas instituições que são responsáveis pelo banco de dados utilizado pelo
IPCC, notadamente a Unidade de Pesquisa do Clima/Universidade de East Anglia
(CRU/UEA), Inglaterra, e pelo Instituto Goddard para Estudos Espaciais
(GISS/NASA), EEUU, é prática normal, pois existe muito dinheiro para pesquisas
em mudanças climáticas. O orçamento das entidades governamentais americanas
nessa área só para este ano é US$ 2,6 bilhões. Muito dinheiro disponível
corrompe muitos dos “pesquisadores” que concordar em provar que o AGA é real.
Fendel: Li num artigo teu, que
até o efeito estufa do vidro é na prática irrisório, ou seja, o vidro ou o
plástico serve em sua grande parte para evitar a saída do ar quente , bem como
a entrada de ar frio, e não para segurar a radiação infra-vermelha. Ou seja, o
funcionamento de uma elementar estufa agrícola tem quase nada de efeito estufa
como é usualmente propagado. Como podemos reverter todas estas mentiras,
inclusive dos livros escolares, enciclopédias, google, meios de comunicação,
etc?
Molion: Já em 1909, ou seja, há 100 anos,
Robert W. Wood, físico, um dos expoentes em radiação eletromagnética de sua
época, provou que a temperatura da “casa de vegetação” (estufa) não dependia de
seu revestimento (vidro ou quartzo) e sim do fato de o ar aquecido (mais leve)
ficar aprisionado dentro da estufa e estar impedido de subir, se misturar ou
ser reposto por ar mais frio vindo das camadas superiores da atmosfera. O
efeito-estufa, como descrito nos livros didáticos e pelo IPCC, é questionável e
sua fenomenologia precisaria ser revisada. Na realidade, o ar é aquecido por
contato com a superfície quente (condução de calor) e por convecção (transporte
da massa de ar aquecido). A absorção de radiação infravermelha (IV) pelos gases
de efeito-estufa (GEE), como o CO2, é ínfima. Em outras palavras, no que se
refere ao balanço de energia da atmosfera, eliminando-se totalmente o CO2 de
nossa atmosfera, a temperatura do ar próximo à superfície seria a mesma, não
haveria mudança detectável pela instrumentação atual. Vai ser muito difícil
reverter essa situação, pois ela é dominada pelos segmentos da sociedade que
tem interesse no AGA por um lado e, por outro, pela falta do conhecimento
científico ou de interesse em analisar o fenômeno com maior rigor científico.
Minha preocupação maior é que essas afirmações, sem comprovação científica, como
“o homem aquece o clima do planeta”, “o homem destrói a camada de ozônio”, já
estão nos livros das criancinhas (ensino fundamental e médio). Não se pode
colocar “hipóteses” nesses livros. Isso não é educação e sim lavagem cerebral!
No futuro, quando se aperceberem o clima é variável por sua própria natureza,
ou que estamos num “resfriamento global”, tais ensinamentos serão repudiados,
como repudiamos o período da Idade Média, a chamada “Era das Trevas”, que muito
dificultou o avanço da Ciência.
Fendel: O gás carbônico passou de santo a vilão. Mesmo com menos do que 0,04%
no ar, ele consegue ser o alimento das plantas através da fotossíntese. Já o
vapor de água na atmosfera varia de 1 a 4%, além de ser mais
"estufante". Mas o que retém mesmo o calor são as nuvens, como
percebemos nitidamente em noites nubladas. Na tua opinião e análise, dá prá
responsabilizar o CO2 por qual porcentagem estufante? 1%? 0,001%? Sem falar que estamos em resfriamento global. Quais são essas evidências?
Molion: Nuvens têm comportamento distinto dos GEE. Nuvens são constituídas
gotas de água líquida e, como qualquer corpo, absorvem IV. Nuvens de
desenvolvimento vertical (cumulonimbos, nuvens de tempestade) são mais
eficientes, pois absorvem um fluxo maior de IV em sua base quente (500 a 1000
metros de altitude) e emitem um fluxo menor de IV devido a seus topos (10km a
15km da altitude) serem frios (70°C a 80°C negativos). Esse tipo de nuvem
contribui para manter o planeta aquecido. Há pesquisadores, como Monte e
Harrison Hieb, que sugerem que o CO2 contribua com 0,28% do total dos GEE. Tal
percentual é exagerado. Para mim, a contribuição seria praticamente nula.
Entretanto, o IPCC afirma que somente incluindo o aumento da concentração de
CO2 é que se consegue reproduzir a variação da temperatura global a partir de
1976, o que não é surpresa já que os modelos de clima foram elaborados por
seres humanos para responder ao CO2. Se o modelo climático resultar em
resfriamento, as verbas de pesquisa são cortadas. Os dados de temperatura
obtidos por satélites, que cobrem os oceanos inclusive, mostram que a
temperatura média global tem diminuído nos últimos 10 anos, embora esse período
ainda seja curto para se dizer que houve uma mudança na tendência do clima. Os
dados de armazenamento de calor nos oceanos globais das 4.300 bóias à deriva do
sistema ARGO também indicam que os oceanos perderam calor nesse mesmo período.
Em adição, o Sol, a fonte primária de energia para o planeta, está entrando em
um mínimo de atividade do ciclo de 90-100 anos , mínimo que deve persistir
pelos próximos 22 anos (veja abaixo). Ou seja, os dois principais controladores
do clima global, o Sol e os oceanos, estão indicando que há maior probabilidade
de termos um resfriamento global nesses próximos 20 anos. Esse resfriamento vai
se manifestar por meio de invernos mais rigorosos, como já aconteceu no
Hemisfério Norte nesses 3 anos passados. O Brasil também deverá sofrer com
invernos mais rigorosos, semelhantes aos da década dos anos 1950 e 1960, quando
ocorreu um resfriamentos dos oceanos.
Fendel: O terrorrismo da elevação dos níveis dos mares é outra balela. O gelo e
neve que poderiam influenciar são apenas terrestres. Os números divulgados são
igualmente estúpidos. Vc tem algum número hipotético teu?
Molion: O IPCC afirma que o nível dos mares aumentou em 18 cm no último século
e que se elevará de 60 cm nos próximos 90 anos. Já, Al Gore afirmou em seu
documentário que os mares vão subir de 6 metros nesse período! Os dados dos
satélites altimétricos Topex e Jason, disponíveis a partir de 1993, estavam
indicando um aumento de 3,1 mm/ano nos últimos 14 anos ( 4 cm). Porém, os
últimos dados desses satélites liberados em fevereiro, mostraram que essa taxa
de aumento anual diminuiu sensivelmente. É possível que não seja um “aumento” e
sim uma flutuação natural, pois o pico do aumento, medido por seus sensores em
2006/2007, coincidiu com o máximo do ciclo da precessão da órbita da Lua em
torno da Terra. Esse ciclo tem 18,6 anos e, como todos sabem, a Lua é responsável
pelas marés por meio da atração gravitacional. Se os dados desses satélites não
forem “corrigidos”, eles poderão esclarecer essa dúvidas dentro de 8-9 anos,
quando esse ciclo lunar estiver em seu mínimo. Veja foto anexa de uma marca
gravada na rocha na Ilha do Morto em 1841, Tasmânia, pelo Cap. Sir James Clark
Ross, explorador da Austrália e Antártica. São passados 170 anos e não há
evidências que o nível dos mares esteja se elevando.
Fendel: Estamos em resfriamento global. Numa micro era de gelo, por quantos
anos? Há indícios de novas eras de gelo maiores? E de aquecimentos? Isso é
cíclico e natural?
Molion: No último milhão de anos, há evidências, gravadas nas rochas, que a
Terra passou por 9 glaciações. Cada glaciação dura cerca de 100 mil anos, com
temperaturas 10°C a 15°C abaixo das atuais, e são interrompidas por períodos
mais quentes, os interglaciais, que duram cerca de 10 mil a 12 mil anos. Ou
seja, o normal do clima do planeta é ser mais frio (90% do tempo) que o período
atual. A última era glacial terminou há 15 mil anos e é possível que o clima,
paulatinamente, esteja indo para uma nova era glacial. Físicos solares russos
afirmam que estamos entrando num período frio semelhante à chamada Pequena
Idade do Gelo (PIG) que ocorreu entre os anos 1350 a 1920, um período muito
frio, com temperaturas cerca de 1,5°C, em média, abaixo das atuais, com
frustrações de safras, fome, pandemias e muita miséria principalmente na
Europa, de onde vêm os nossos registros. Portanto, resfriamentos são cíclicos,
com períodos de décadas (amenos) a centenas de anos (rigorosos) e, certamente,
vão se repetir num futuro próximo.
Fendel: A variação de temperatura em nosso planeta depende essencialmente da
atividade solar. O que são manchas solares? E ventos solares? E como influem
aqui?
Molion: Manchas solares são regiões mais frias, em torno de 1.500°C, na
superfície do Sol, onde está ocorrendo afundamento de matéria solar. Ao seu
redor, formam-se tempestades solares violentas devido ao contraste de temperatura,
que podem ejetar grandes volumes de massa solar. As manchas apresentam um ciclo
de 11 anos. O número de manchas chega a um máximo do ciclo em 4 anos e depois
decresce em 7 anos , as vezes ficando sem mancha alguma durante seu mínimo. O
Sol apresenta, também, um ciclo de 90 a 100 anos, relativo à variação dos
números máximos de manchas. Nesse ciclo de 90-100 anos, o máximo ocorreu em
torno de 1960 e o mínimo vai ocorrer agora, em 2018-2020. O vento solar é um
“chuveiro” de prótons (partículas com carga positiva) que sai do Sol em direção
aos planetas. Quando o Sol está mais ativo ( máximo do ciclos de 11 anos e o de
90-100 anos), o vento solar é forte e sua velocidade pode chegar a 4 milhões de
km/h, bombardeando os planetas. Sua influência parece ser maior na ionosfera,
interferindo nas telecomunicações por satélite. Nos mínimos solares, a produção
de radiação ultravioleta é reduzida. Isso causa a redução da concentração da
camada de ozônio, cuja redução não tem nada a ver com os gases de refrigeração
(CFC), aliás, outro grande golpe dos países desenvolvidos nas décadas dos anos
1980 e 1990. O campo magnético solar também se reduz durante um mínimo de
atividade. Ainda não sabemos qual é o impacto dessa redução no clima e nos
seres vivos. Como o Sol estará no mínimo do ciclo de 90-100 anos nesses
próximos 20 anos, estou certo que vamos aprender muito sobre sua influência na
vida e no clima da Terra.
Fendel: Qual a tua opinião sobre as informações estampadas nas mídias e
vitrines européias, quanto à emissão de CO2 dos carros?
Molion: O problemas dos combustíveis automotivos, em particular o diesel, não é
o CO2, e sim o enxofre nele contido e o material particulado emitido pelo
motores. O enxofre combina com a umidade atmosférica e produz gotículas
(aerossóis) de ácido sulfúrico que, juntamente com o material particulado
(fuligem), afetam a saúde dos seres humanos que vivem em grandes centros
urbanos.
Fendel: O CO2 não é um aerofertilizante?
Molion:Correto! CO2 é o gás da vida! Na hipótese absurda de eliminarmos o CO2
deste planeta, a vida acabaria. Homens e animais dependem das plantas para se
alimentarem. E plantas produzem alimentos via fotossíntese. Ou seja, retiram
esse vilão (CO2) do ar e, em presença de luz e disponibilidade de água, produzem
fibras, amidos e açucares, dos quais nos alimentamos. Inúmeros experimentos
agronômicos mostraram que, quando se dobrou a concentração do CO2, as plantas
aumentaram em 30% a 50%, em média, sua produtividade. Quanto mais CO2 tiver no
ar, melhor para a humanidade.
Fendel: As margens das rodovias, com a óbvia maior concentração de gás
carbônico e de umidade devido às emissões dos veículos, que liberam
essencialmente grandes quantidades de CO2 e de H2O , não deveriam ser
convertidas em plantações de comida? e os concessionários das estradas não
poderiam ser responsabilizados pela conservação das mesmas, em troca do
empréstimo das grandes extensões de terras com ótima logística? Eliminando os
pedágios?
Molion:Pelo que afirmei anteriormente, sim! É uma ótima idéia! Quanto à
eliminação dos pedágios, talvez não seja possível, pois isso vai contra
interesses escusos.
Fendel: Temperaturas maiores não favorecem a vida? A produção de alimentos? Não
teríamos que ficar felizes com o propagado aquecimento?
Molion: Certamente! Nesse presente interglacial que estamos vivendo, os últimos
15 mil anos, a História está cheia de exemplos que mostram que civilizações,
como Assírios, Babilônios, Egípcios, Minoanos, Romanos, Gregos, Persas,
progrediram com o clima quente, enquanto outras desapareceram com clima frio.
Portanto, clima quente é benéfico para a humanidade. No último ligeiro
resfriamento global entre 1947-1976 (0,2°C), o Hemisfério Norte teve problemas
sócio-econômicos severos. Nesse período, o Brasil também apresentou invernos
frios, com freqüência maior de geadas no sul-sudeste. Um exemplo foi a
erradicação do cultivo do café no oeste do Paraná, cujo golpe final foi dado
pela geada de julho de 1975.
Fendel: Qual a tua opinião sobre o mercado de carbono? Quais as conseqüências
desta palhaçada toda? Não é um absurdo a centralização das energias?
Molion: Mercado de carbono é uma atividade falida. Foi extinto na Comunidade
Européia, causando enorme prejuízo, e o anexo da Bolsa de Chicago (Chicago
Climate Exchange – CCX)) está com seus dias contados. No ano passado, a CCX
fechou na primeira semana de novembro com um movimento 50% abaixo do que tinha
em 2005. A tonelada de carbono já chegou a valer cerca de US$30 e hoje
praticamente está a zero. As companhias que pularam fora do negócio são
essencialmente de capital americano, possivelmente desconfiando que não adianta
controlar as emissões. As conseqüências são perda de dinheiro para os
investidores que acreditaram na possibilidade de controlar o clima reduzindo as
emissões, e o enriquecimento de alguns aproveitadores, Al Gore, por exemplo.
Reduzir as emissões de nada adiantará, pois o CO2 não controla o clima. Redução
de CO2 interessa aos países industrializados porque economiza combustível fóssil
(?), petróleo e carvão mineral. Como 80% da matriz energética atual está
baseada neles, fica fácil entender porque esses países não querem os outros se
desenvolvam. Economiza-se petróleo até se encontrar uma nova fonte de energia
economicamente viável.
Fendel: Vc credita a vida à evolução ou ao criacionismo?
Molion: Eu sou evolucionista. Vejo que a Terra tem condições que permitiram a
evolução das espécies. Por exemplo, está na distância certa do Sol quanto ao
fluxo de radiação, possui água no estado líquido, tem um campo magnético
(cinturões de Van Allen) que nos protege de partículas de alta energia
provenientes do espaço exterior, e a camada de ozônio que, na sua formação,
consome radiação ultravioleta mortal para os seres vivos. Além disso, o
guardião Júpiter na quinta órbita atrai a maioria dos corpos celestiais de
grandes proporções que entram no sistema solar. O asteróide, que atingiu
Júpiter em 1994, se tivesse atingido a Terra, não estaríamos fazendo esta
entrevista.
Fendel: Agradecendo imensamente as informações prestadas, deixo espaço para
alguma questão ou sugestão final:
Molion: Para mim, em resumo, toda essa histeria do aquecimento global foi
apenas uma potencial crise energética que os países industrializados anteviam e
não crise climática. Em 1973, houve o primeiro choque do petróleo, e se dizia
que já tínhamos consumido 60% do petróleo existente no mundo. Os países
industrializados, notadamente o G7, decidiram lançar e manter a hipótese de que
o CO2, contido nos combustíveis fósseis, aumentava a temperatura global, com
conseqüências ambientais desastrosas, para evitar que os outros países, ao se
desenvolverem e sua população alcançar uma qualidade de vida semelhante a
deles, consumissem o escasso petróleo existente. São 42 países que têm o índice
de desenvolvimento humano (IDH) adequado. Faltam os restantes 160 países do
globo, incluindo o Brasil, atingirem o padrão adequado. Reduzir as emissões não
afetará o clima, já que o CO2 não controla o clima global e as emissões antrópicas
constituem uns míseros 3% dos fluxos naturais de carbono. Porém, reduzir
emissões significa gerar menos energia elétrica, a mola propulsora do mundo
moderno, e condenar esses 160 países à miséria eterna, aumentando as
desigualdades existentes no mundo atual.
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